quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Divagações

Há alturas na vida em que precisamos tanto de respostas, esclarecimentos, que quase nos esquecemos de valorizar o que sentimos ou experienciamos e tentamos racionalizar o que não se entende, encontrar uma explicação lógica para aquilo a que aparentemente são "coincidências", mas que na verdade não o são. Simplesmente nem sempre sabemos ou conseguimos ler nas entrelinhas. Isto porque para mim, a mente, o racional é por vezes inimiga da verdade e só serve para atrapalhar e baralhar. Há coisas que não se explicam, sentem-se. Nada de novo, nada que não saibamos, mas que nos esquecemos tantas vezes. Às vezes é preciso esvaziar a mente e sentir apenas. Confiar mais na nossa intuição. E escutar o que nos diz o nosso "eu", que para mim se pode chamar Deus, Buda, um Anjo da Guarda, Nossa Senhora de Fatima, Maomet. Não sou praticante de nehuma religião ou filosofia religiosa, até porque abomino tudo o que sejam dogmas. Gosto de ter a liberdade de escolher o que é ou não bom para mim, como e quando devo fazer. Mas acredito na força do pensamento, da nossa mente, e acredito que energia positiva e tranquilidade geram também energia positiva e tranquilidade à nossa volta. É por isso que me sinto bem numa igreja, num templo budista ou numa mesquita. São locais de paz, serenidade, boa energia que nos ajuda também interiormente a clarear as ideias ou nos dão apenas paz de espírito. Sou católica, diria que por viver num país maioritariamente católico, por ter sido educada segundo a fé cristã. Lembro-me de como gostava de ir à catequese quando era mais míuda. E ainda hoje gosto de ler algumas passagens da Bíblia. É engraçado como a Bíblia está cheia de metáforas, tal como o Corão (penso eu, porque nunca o li), ou como a filosofia budista nas sua várias correntes e os ensinamentos do Dalai Lama. No fundo, os propósitos são os mesmos, os meios de lá chegar e os rituais é que são diferentes. Ultimamente tenho ido algumas vezes à igreja, tenho até assistido a algumas missas. Sinto-me bem lá e aproveito para pedir não só para mim, mas também para outras pessoas, conhecidas e desconhecidas. A verdade é que tenho tido provas de que tais actos funcionam, em conversas com pessoas amigas e família, mesmo quando oramos em casa. Prefiro uma explicação mais científica do que espiritual para tal facto (lá estou eu com a lógica do Capricórnio, lol): o poder da mente, do acreditar, do pensamento positivo, das ondas ou energias que a mente transmite, o acreditarmos de coração que orar e pedir funciona. Não o pedir bens materiais, mas harmonia, paz, saúde, orientação, esclarecimento: em resumo - bens espirituais. Não só para nós, mas para os outros, mesmo os que gostamos menos ou nem conhecemos. É quase como uma transmissão de pensamentos positivos, que geram pensamentos positivos e que nos ajudam a manter o equílibrio. Todos temos esse poder. Muitas vezes é que não o desenvolvemos ou esquecemo-nos dele. Mas há que fazê-lo com convicção, com a mente vazia e o coração aberto, obviamente mantendo o bom senso. E daí a importância da fé, não a fé levada ao extremo e, consequentemente ao desequílibrio, mas a fé saudável. Deus está no meio de nós, é para mim tão simplesmente: Deus está em cada um de nós, é a nossa força interior, pensamento positivo, o nosso eu interior, alma, espírito, coração, o que lhe quisermos chamar. Se existe tanto mal à nossa volta, tanta negatividade, desde raivas, invejas, maus olhados, até bruxaria (apesar de neste caso a coisa ser mais complicada e não passar apenas com orações), em resumo: se há tanta energia negativa, se acreditarmos que a força do pensamento positivo e as nossas acções positivas são mais fortes que o oposto, estamos a ajudar-nos a nós e aos outros. Não é preciso dispender de muito tempo por dia, nem fazer grandes sacrifícios. Às vezes não é fácil por estarmos tão egoisticamente concentrados em nós próprios, ou até de rastos psicologicamente (quantas vezes eu não liguei nenhuma ao sofrimento de alguém, "encafuada" nas minhas mesquinhices parvas ou numa questão que me preocupava!). Não é fácil apagar um fogo, muito menos dois ou três ao mesmo tempo. Mas se não pararmos um pouco para ouvir o nosso "Deus", pensar a frio, depois esvaziar a cabeça, a seguir sentir e depois agir em função da intuição e do que o nosso "Deus" nos diz, tudo descamba à nossa volta e o ciclo vicioso das dúvidas e do negativo instala-se.
Não há coincidências, muitas vezes é que não ligamos ou não interpretamos correctamente em determinada altura, os sinais que estão à nossa frente. Às vezes esqueço-me disto, outras vezes relembro-me de que estamos sempre a aprender. Os animais, por não possuirem racionalidade, são muito mais intuitivos, mas vivem com muito mais tranquilidade e harmonia. Os gatos e os cães pressentem os acidentes naturais, sentem quando uma pessoa não é muito boa pessoa ou quando não está bem e dão sinais evidentes disso. Usam a intuição. Por isso me questiono tantas vezes: Se temos o dom de poder aprender a usar a razão e a intuição em uníssono, porque criamos tantos obstáculos a fazer essa aprendizagem? Acho que a nossa cabeça por vezes atrapalha muito, ou talvez o mau uso que fazemos dela... talvez por termos algum medo do desconhecido, do oculto, do "paranormal", do que não é explicado pela lógica da ciência. Talvez pelo nosso historial de vida, educação, pelo meio e sociedade em que estamos inseridos, pelas pessoas com quem nos relacionamos. Talvez por tudo isto e mais algumas coisas. Não importa porquê. O importante é estarmos bem connosco, em equílibrio e termos FÉ. Os meus amigos dizem que eu ultrapasso bem e rápido as fases menos boas da vida. Ainda não estou totalmente convencida de que assim seja, o que sei é que não consigo estar muito tempo em desarmonia comigo mesma e nessas alturas tenho de encontrar rapidamente uma forma de me reequilibrar. Por isso tento encontrar explicações lógicas, para poder compreender e voltar a ter o tal "alto astral". Mas e quando a lógica não funciona? Pois... aí é que a porca torce o rabo porque é muito mais difícil. Estou ainda a aprender a não tentar explicar o que não se explica (que arrepios, mas já não tenho medo porque parece que estes fenómenos acontecem a muita gente, as pessoas é que não falam disso, o que é compreensível). Quem fala que tem pressentimentos, pensamentos telepáticos ou até sonhos premonitórios, pode ser considerado louco a precisar de internamento hospitalar na sociedade em que vivemos. Mas não há mesmo acasos, disso continuo a não ter a menor dúvida. São-nos sempre mostrados sinais. Penso que temos de estar atentos. Nada de fatalismos, muita força de vontade, positivismo e nunca esquecer que temos o livre arbítrio para modificar o curso da nossa vida, com as devidas excepções como os cataclismos, os acidentes aéreos ou rodoviários em que geralmente nada podemos fazer. Aí, é mesmo o acaso ou Deus como entidade, que decide. Tenho um lema que é: O que me estiver destinado para mim virá, mas eu tenho sempre a última palavra. O que, dito de outra forma é que tenho sempre uma parte de responsabilidade e poder sobre tudo o que me acontece de bom ou de mau. Mas tudo acontece por uma razão, quanto mais não seja para aprendermos lições de vida e ficarmos com mais auto-conhecimento. Não conhecemos ninguém por acaso, e todos nos ensinam directa ou indirectamente a descobrir novas coisas sobre nós e a abrir outras portas.
(Risos) Vou mas é para a cama dormir que acho que já me estou a repetir. (E versejei e tudo!)

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Hoje...

Existem edifícos mais altos e estradas mais largas, porém temperamentos pequenos e pontos de vista mais estreitos.

Gastamos mais, porém disfrutamos menos.

Temos casas maiores, porém famílias menores.

Temos mais compromissos, porém menos tempo.

Temos mais conhecimentos, porém menos discernimento.

Temos mais remédios, porém menos saúde.

Multiplicamos os nossos bens, porém reduzimos os nossos valores humanos.

Falamos muito, amamos pouco e odiamos demais.

Chegamos à Lua, porém temos problemas par atravessar a rua e conhecer o nosso vizinho.

Conquistamos o espaço exterior, porém não o interior.

Temos dinheiro, porém menos moral.

Há mais liberdade, porém menos alegrias.

Temos muitas mais casas lindas, porém muitos mais lares desfeitos.

(Autor desconhecido)


Às vezes esquecemo-nos destas coisas tão simples e verdadeiras e acabamos por perder o rumo. Ficamos desnortedos e complicamos o que é simples.
A vida começa de dentro para fora e não de fora para dentro. Haja força, discernimento e serenidade! :)